No alto da sua decrepitude, o senador José Sarney resolveu publicar, na edição de hoje do jornal O Estado do Maranhão (de sua propriedade), um artigo criticando os buracos de São Luís. Sem mais espaço para propagar suas sandices na Folha de São Paulo, Sarney teve que se adequar ao mesmo nível editorial baixo, rasteiro e torpe do jornal do qual é proprietário.
Num tom vil, peculiar a alguém que não pode mais disfarçar o ódio e o rancor enraizados no coração, José Sarney resolveu deixou de lado a imagem de literato, bom moço, escritor – de linhas mal traçadas – para falar de buracos. “(…) Os nossos buracos são tantos e, pior, não vi ninguém tapando buracos. Por que não se faz uma guerra para melhorar nossas ruas?”, diz ele em seu surrado escrito.
Dado o elevado grau de demência, o político em fim de carreira (desesperado com a iminente ruína da oligarquia que comanda há quase cinco séculos), só hoje percebeu que há buracos em São Luís. Bingo! Coisa de gênio.
A descoberta repentina, deduz-se, deve ser por que o meio de transporte que mais utiliza seja jatinhos e helicópteros alugados pelo governo da filha. Como as aeronaves estavam ocupadas levando membros para curtir o feriado na Ilha de Curupu, Sarney teve que recorrer a um táxi para se deslocar do aeroporto até o Palácio dos Leões.
Bom, sendo justos, não deixa de ter razão o Sarney. Os buracos realmente existem.
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