sexta-feira, 5 de julho de 2013

Joaquim Barbosa voa para ver jogo com o dinheiro público; STF defende ato

Barbosa usou recursos do STF para viajar ao Rio para assistir jogo no Maracanã com o filho. Foto: Divulgação / STF

Barbosa usou recursos do STF para viajar ao Rio para assistir jogo no Maracanã com o filho. Foto: Divulgação / STF
A fama de herói da moral e da ética carregada pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, deve começar a cair na mesma rapidez com que subiu.
Segundo reportagem de O Estado de S. Paulo do final da noite dessa quinta-feira (4), o ministro usou recursos da Corte para se deslocar ao Rio de Janeiro no final de semana de 2 de junho, quando assistiu ao jogo entre Brasil e Espanha, no Maracanã, acompanhado pelo filho Felipe, no camarote do casal de apresentadores da TV Globo, Luciano Huck e Angélica.
Em defesa do presidente, o STF argumentou que a viagem foi paga com a cota que os ministros têm direito, mas não divulgou o valor pago, nem qualquer regulamento sobre o uso da cota.
De acordo com o tribunal, a cota é anual e não é submetida a controle. As passagens podem ser usadas a qualquer momento, inclusive no recesso, durante licenças, ou para viagens motivadas por interesses pessoais dos ministros.
Desde maio deste ano, o jornal vêm mostrando que ministros do STF têm usado recursos da Corte para viagens durante o recesso forense, quando estão de férias, e para levar as mulheres em diversos voos internacionais.
Para que se tenha uma ideia do gasto com o dinheiro público, o total torrado em passagens para ministros e suas mulheres entre 2009 e 2012 foi de R$ 2,2 milhões.
Neste período, Joaquim Barbosa utilizou recursos da Corte para passagens enquanto estava de licença médica e não participava dos trabalhos em Brasília. Os dados oficiais foram retirados do Portal da Transparência do Supremo após a reportagem por supostas ‘inconsistências’.
Segundo o STF, porém, apenas o presidente do CNJ e do STF viajou de Brasília com as despesas pagas pelo STF.

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